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Posts Tagged ‘insustentável’

Na noite de quarta-feira, o Senado votou a Medida Provisória 458, aprovando-a tal e qual veio da Câmara. Por detrás desse número, o Congresso brasileiro, com o apoio explícito do governo, legalizou a grilagem, privatizando de uma só vez 67 milhões de hectares de terras públicas. Na longa sessão do Senado em que foi votada a MP, se digladiaram dois Brasis. O da Senadora Katia Abreu, relatora da medida e presidente da Confederação nacional de Agricultura, e o da Senadora Marina Silva.

Katia Abreu, num discurso que precisa ser visto, lido e deglutido, defendeu sem a menor vergonha a legalização das invasões de terras públicas. Disse que o que acontece hoje na Amazônia foi o que aconteceu em São Paulo séculos atrás. Em São Paulo era tudo terra pública, que foi domada, ocupada, titulada. Porque na Amazônia não pode ocorrer o mesmo, perguntou. Marina falou do Brasil que não pode ser repetir, do Brasil que precisa se reinventar, que não pode escorar seu processo de desenvolvimento nos erros do pasado. Ela apelou aos senadores que a ajudassem a rejeitar a MP, para que não tivesse que puxar o movimento pelo seu veto, constrangendo publicamente o Presidente Lula. Em jogo, estavam extensões de terra equivalentes a 30 vêzes o tamanho de Sergipe.

E aí? E aí a impressão que se tem é que ninguém, a não ser uns poucos, como Marina, ainda parecem se importar com a sorte do meio ambiente no Brasil. Os sinais da degradação estão por toda a parte. A aprovação da MP foi apenas mais um dos golpes que vem sendo desfechados nos últimos anos contra os recursos naturais do país. Às vezes eles se traduzem em ações como o desmatamento da Amazônia, a retomada do programa nuclear e a construção da Usina de Angra III e a decisão do governo de recriar o Ministério da Pesca, cujo único objetivo parece ser o de aumentar a produção pesqueira, mesmo diante das indicações que nossos mares há muito não estão mais para peixes.

Outras vêzes, os golpes se traduzem pela parálise do governo. Como no caso de de eventos climáticos extremos. Sua incidência tem crescido no Brasil, como mostram as enchentes em Santa Catarina e no Nordeste, e a sêca que assolou recentemente o Rio Grande do Sul. Brasília, no entanto, segue como se tudo isso fôssem apenas problemas que precisam ser combatidos com a defesa civil. Ao contrário dos governos de outros países, o nosso hesita em acordar para a crise do clima e se comprometer a acabar com o desmatamento, ou a criação de áreas marinhas protegidas, para reduzir as emissões de CO2 e, ao mesmo tempo, mitigar seus efeitos.

É aflitivo ver que a sociedade parece anestesiada diante dessa situação. A sensação é que não há quem se incomode mais com a devastação e a degradação e o fato de que o Brasil, um país que um dia foi lindo e rico em recursos naturais, está embicando para se transformar num país exaurido e feio. O Greenpeace, no entanto, se recusa a capitular. E acredita que há muita gente que não quer fugir dessa luta. Precisamos
mostrar a nossa cara e reagir, protestando junto ao governo e aos formadores de opinião através da internet mas, sobretudo, nas ruas.

Marcelo Furtado
Greenpeace Brasil
Diretor Executivo
mfurtado@greenpeace.org
+551130351165

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Acabou de sair o segundo Greendex, que é um índice elaborado pela National Geographic com intuíto de medir o impacto das ações do consumidor frente ao meio ambiente. O questionário em sí trata-se de uma versão melhorada do teste Pegada Ecológica, criada pela ong WWF.

greendex map of de world

O legal é que a National Geographic além de melhorar  questionário foi a campo e entrevistou mais de 17.000 pessoas em 17 países para obter um indice de comparação.

Neste ano o Brasil ficou em segundo lugar, perdendo seu posto de primeiro lugar para a Índia. Segundo o Greendex, o que tirou pontos do Brasil foi o excessivo consumo de carne, já que somos uns dos países que mais consome. Nos ultimos lugares ficaram os Americanos e os Canadesnses, de acordo com o quadro:

Greendex: ranking dos principais países
Consumidores 2009 2008 Consumidores 2009 2008
Indianos (1º) 59.5 58.0 Alemães (10º) 51.1 48.1
Brasileiros (2º) 57.3 58.6 Suecos (10º) 51.1 NA
Chineses (3º) 56.7 55.2 Australianos (12º) 50.5 47.8
Argentinos (4º) 54.7 NA Franceses (13º) 49.5 46.5
Sul-coreanos (4º) 54.6 NA Ingleses (13º) 49.4 48.2
Mexicanos (6º) 53.8 52.7 Japoneses (13º) 49.3 47.4
Húngaros (7º) 53.3 51.7 Canadenses (16º) 47.5 46.3
Russos (8º) 52.0 51.1 Americanos (17º) 43.7 42.4
Espanhóis (9º) 51.4 48.0

Fonte: Planeta Sustentável

O desesperador é saber que nós, Brasileiros somos uns dos mais evoluidos com nesta questão, mesmo fazendo tanta coisa errada, imaginem como é ser Americano, dá até dó dos meus filhos só de pensar.

Em todo caso, você pode contribuir para que o meu e o seu filhinho viverem bem, basta você responder o questionário e ver o que você pode melhorar em suas atitudes.

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Antigamente,  lá na Grécia antiga, o conceito que as pessoas tinham da politica era o conceito de que esta arte servia para ajudar na gestão da pólis.

A politica não era vista como exercicio de poder, poder que hoje acaba por se confundir muitas vezes com o autoritarismo. Ela era vista como um espaço de debate onde podia-se  inclusive combater autoritarismos, além de discutir questões inerentes a vida em toda a pólis. Como a disposição de recursos naturais.

Acreditamos que  isto foi possível, por que as sociedades tinham 50.ooo habitantes no máximo. Niguém falava de cidades como São Paulo, que tem mais de 10.000.000, e ainda assim de expande além muros.

Hoje discutir politica em São Paulo significa discutir com todo mundo, os mecanismos são outros, o nível de entendimento, a ética de cada um, o entendimento sobre o meio ambiente,  é tudo totalmente diferente, totalmente desnivelado.

Não seria incomum encontrar pessoas em São Paulo que não possuem qualquer noção sobre como agor e se colocar na polis paulistana.

Nesta caminho surge o Sustentabilizando, nossa proposta é trazer estas problemáticas complexas a tona e propor soluções bem simples para elas, coisas como não desperdiçar cascas de alimentos, reciclar lixo, dizer bom dia para o cobrador de onibus, conhecer seus vizinhos e ações assim, simples, que possam substituir os hábitos antigos, hábitos de um mundo que não se sustenta.

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